terça-feira, 14 de maio de 2013

DESMATAMENTO - Biologia - Trabalho Escolar


DESMATAMENTO

Habitats mais ricos e diversificados do planeta, as florestas foram progressivamente destruídas em favor da agricultura e pecuária predatórias e pela extração abusiva de seus recursos.
Desmatamento é o ato ou efeito de derrubar árvores e plantas nativas, destruir a mata ou a floresta de forma desordenada, para desenvolver atividade pecuária, agrícola ou madeireira. A palavra só passou a ter uso freqüente a partir da década de 1970, com o advento da consciência ecológica e preservacionista, que manifestou preocupação crescente com os efeitos destruidores de certas modalidades da produção industrial e da agricultura e pecuária extensivas.
Na Europa, o desmatamento teve início na Idade Média, quando o homem já derrubava florestas para expandir as terras cultiváveis. A devastação das florestas tropicais em ritmo vertiginoso, no entanto, começou muito mais tarde. No início da década de 1990, elas representavam apenas nove dos 16 milhões de quilômetros quadrados de superfície originalmente ocupados.
Resultado do emprego de técnicas agrícolas e pecuárias ultrapassadas, a devastação afeta principalmente as nações do chamado Terceiro Mundo, mas, do ponto de vista das conseqüências climáticas e ambientais, os prejuízos são universais. O mais importante talvez seja a perda irreversível da diversidade biológica. Acredita-se que as florestas tropicais abriguem metade das espécies do planeta, algumas com propriedades medicinais e outras resistentes a pragas, cujo material genético pode ser aproveitado para a melhora de outras espécies.
Nos países industrializados, a tendência de recuperação das florestas ao longo das últimas décadas do século XX, principalmente na Europa, revelava a preocupação em conter os efeitos do desmatamento. No mesmo período, o reflorestamento no Terceiro Mundo ainda era inexpressivo se comparado às áreas devastadas. Estimava-se em 5,9 milhões de quilômetros quadrados a superfície de florestas em todo o mundo que seriam transformados em fazendas, estradas e cidades na primeira metade do século XXI.
Desmatamento no Brasil. Trinta por cento das áreas de floresta tropical do planeta estão concentradas no Brasil, em especial na bacia amazônica. Essa riqueza vegetal foi encarada, no entanto, como obstáculo para o desenvolvimento do país, principalmente a partir da década de 1970. Fotografias de satélite tiradas em 1988 revelaram que o desmatamento realizado em pouco mais de dez anos na Amazônia atingia 12% da região - uma área maior do que a França. Esse ritmo de devastação, segundo os ambientalistas, levaria ao desaparecimento da floresta até o final do século XX. No início da década de 1990, no entanto, as taxas de desmatamento apresentaram uma redução, mais atribuída à recessão econômica do que à consciência ecológica. As principais causas do desmatamento na região eram a criação de gado, exploração de madeira, construção de estradas e hidrelétricas, mineração, agricultura em pequenas propriedades e crescimento urbano.
O desmatamento é uma das principais causas da seca, porque a derrubada de árvores destrói as bacias hidrográficas e empobrece o solo. É, portanto, um fator intensificador da pobreza em países da América Latina, Ásia e África. Exemplo óbvio é o da Etiópia, onde a devastação da vegetação natural reduziu a capacidade de armazenamento de umidade da terra e agravou os efeitos da estiagem sobre a agricultura.
O grande desafio ambiental do mundo contemporâneo consiste em recuperar, por meio de programas de reflorestamento, o que já foi degradado; impedir que o processo de desmatamento indiscriminado tenha continuidade e desenvolver projetos que, mesmo ao incluírem a exploração econômica da floresta, favoreçam sua recuperação gradual, com a reposição garantida do que for retirado e respeito aos ciclos biológicos das diversas espécies.

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