O paradoxo dos gêmeos é um problema de relatividade geral que intriga os cientistas e pessoas comuns, pois ele nos obriga a ver o espaço e o tempo de uma forma diferente da que fomos acostumados a vê-los. Vamos supor que existam dois gêmeos idênticos, Paulo e Pedro. Ao completarem 20 anos, Paulo viaja para um planeta X que dista 10 anos-luz da Terra. Inicialmente vamos definir o que é um ano-luz. Diferentemente do que se acha, o ano-luz não é uma unidade de tempo, mas sim uma unidade de espaço equivalente à distância percorrida pela luz no intervalo de um ano. Desta forma, vemos que, para alcançar este planeta, temos que viajar em uma nave espacial à velocidade da luz durante 10 anos. Vamos considerar agora um referencial inercial R em que ambos o planeta Terra e o planeta X estejam em repouso e separados pela distância
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Considerando o referencial de Pedro, Paulo viajou durante 10 anos-luz/0,8c=12,5 anos, e como a viagem de volta também levou 12,5 anos, Pedro estará 25 anos mais velho. No referencial de Paulo, no entanto, o espaço está contraído e o tempo dilatado, logo o tempo de viagem no referencial de Paulo é:
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Portanto, Paulo estará apenas 15 anos mais velho. Temos então uma diferença de 10 anos entre os dois irmãos gêmeos. O paradoxo aparece quando nos perguntamos: se considerarmos que Paulo está no referencial em repouso, ele percebe Pedro movendo-se à velocidade da luz, então por que Pedro não está mais jovem? O problema está no entendimento do processo que ocorre durante a aceleração de Paulo na saída da Terra, na chegada em X, na saída de X e na chegada à Terra. Vamos imaginar que um relógio no planeta X esteja sincronizado com o relógio de Pedro. Isto significa que, no meio do caminho entre os dois planetas, um observador vê a mesma hora no planeta X e na Terra. No referencial de Paulo, no entanto, a assincronia destes relógios é dada por uma diferença igual a
No instante em que Paulo se aproxima do planeta X, ele percebe que o relógio de X está adiantado
No instante em que Paulo pára no planeta X para mudar sua direção, ele está no referencial R, onde os relógios estão sincronizados. Neste instante, o relógio de Pedro adiantou 8 anos, dando a impressão a Paulo que seu irmão envelheceu 8 anos. Somando 3/5 7,5 anos, obtemos o envelhecimento total de 12,5 anos. Considerando os mesmos fatores para a volta, teremos um envelhecimento total de 25 anos. Apesar de este experimento não poder ser realizado devido à impossibilidade de alcançarmos uma velocidadepróxima à da luz, partículas cósmicas como os múons
reproduzem este efeito quando apresentam um tempo de vida maior do que o esperado, quando se movem em velocidades muito altas. Nestes casos, o tempo de vida da partícula é o mesmo, porém seu tempo e espaço estão deformados e, portanto, em nosso referencial, medimos tempos de vida maiores para estas partículas. Efeitos similares são obtidos em aceleradores de partículas, em grandes centros de pesquisa.
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Outras Observações
A elevada precisão dos relógios atômicos permitiu testar uma das conclusões mais espetaculares da teoria da relatividade restrita DOP observadores em movimento, um em relação ao outro, não tem a mesma escala de tempo. Assim, para um observador parecerá que o ritmo normal de um relógio em movimento uniforme, com a velocidade v, será mais lento, pois desse modo irá cronometrar o seu deslocamento como se o relógio estivesse imóvel A diferença C totalmente imperceptível para as velocidades a que estamos habituados. No entanto, ela se tornará cada vez mais sensível à medida que a velocidade se aproxima da velocidade da luz. Por exemplo, para uma velocidade de 240.000 km/h, ou seja, 80% da velocidade da luz, o ritmo aparente d de 5/3, ou seja, 1,6666 vez mais lento. Para 99% da velocidade da luz, o fator de desaceleração será de cerca de 7. Para 100% da velocidade da luz - limite inacessível -, este fator será infinito: o relógio em movimento parecerá indicar sempre a mesma hora
Para ilustrar esse fenômeno da dilatação do tempo, o físico francês Paul Langevin (1872-1946) por ocasião de uma conferência, em 1911, associou o fenômeno à viagem de doa gêmeos. Desde então, esta conclusão da teoria da relatividade passou a ser denominada paradoxo dos gêmeos. Imaginemos dois gêmeos: um deles permanece na Terra enquanto o outro realiza um vôo de ida e volta a grande velocidade (cerca de 240.000 km/s, para fixarmos as idéias) em direção a uma estrela situada a distância de 4 anos luz.
Visto da Terra, o percurso de ida e volta deverá durar dez anos. Com relação à Terra, os relógios a bordo no foguete (e em especial os relógios biológicos, como o ritmo cardíaco ou o metabolismo) sofrem em sua marcha um atraso de um fator de 5/3.
Ao retornar, o gêmeo viajante não envelheceu 10 anos como o seu irmão, mas somente três quintos de dez, ou seja, 6 anos. Este resultado surpreendente não constitui o paradoxo.
Para ilustrar esse fenômeno da dilatação do tempo, o físico francês Paul Langevin (1872-1946) por ocasião de uma conferência, em 1911, associou o fenômeno à viagem de doa gêmeos. Desde então, esta conclusão da teoria da relatividade passou a ser denominada paradoxo dos gêmeos. Imaginemos dois gêmeos: um deles permanece na Terra enquanto o outro realiza um vôo de ida e volta a grande velocidade (cerca de 240.000 km/s, para fixarmos as idéias) em direção a uma estrela situada a distância de 4 anos luz.
Visto da Terra, o percurso de ida e volta deverá durar dez anos. Com relação à Terra, os relógios a bordo no foguete (e em especial os relógios biológicos, como o ritmo cardíaco ou o metabolismo) sofrem em sua marcha um atraso de um fator de 5/3.
Ao retornar, o gêmeo viajante não envelheceu 10 anos como o seu irmão, mas somente três quintos de dez, ou seja, 6 anos. Este resultado surpreendente não constitui o paradoxo.
Se raciocinássemos do ponto de vista do viajante, na realidade, quem realizou a viagem com a velocidade de 240.000 km/s foi seu irmão que ficou na Terra, e que deverá estar mais jovem no momento do encontro de ambos.
O paradoxo C aparente, pois a situação não t simétrica: o gêmeo viajante sofreu acelerações, pelo menos para contornar seu caminho enquanto seu irmão que permaneceu na Terra não sofreu nenhuma Como o raciocínio aplicado aos gêmeos se baseia nas leis da teoria da relatividade restrita, que se limitam aos observadores em movimento retilíneo e uniforme (velocidade constante em grandeza como em direção), uns em relação aos outros, a conclusão acima exposta não se aplica aos gêmeo. Um tratamento rigoroso do problema conduziria à conclusão de que o gêmeo viqm8 envelheceu com menos rapidez. Se partisse no ano de 1994, com a idade de 20 anos ele retornaria à Terra em 2004 com 26 anos: a viagem para o futuro em princípio C possível, pelo menos a ida sem volta.
FONTE: EDMS – Trabalhos Escolares, Educação & Diversão (ANO 2000 - 2003)
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